Cartaz promocional do filme,
destacando Salomão Northup,
o escravizado Platt. Uma grande história ao
contrário.
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Sinopse: O filme é baseado na inacreditável verdadeira
história de um homem que luta por sobrevivência e liberdade. Na época
pré-Guerra Civil dos Estados Unidos, Solomon Northup (Chiwetel Ejiofor),
um homem negro livre do norte de Nova York, é sequestrado e vendido
como escravo. Diante da crueldade (personificada por um dono de escravos
desumano, interpretado por Michael Fassbender) e de gentilezas
inesperadas, Solomon luta não só para se manter vivo, mas também para
manter sua dignidade. No décimo segundo ano de sua odisseia
inesquecível, Solomon encontra casualmente com um abolicionista
canadense (Brad Pitt), que muda sua vida para sempre.
Doze Anos de Escravidão.
Você tem uma grande história, mas
uma grande história ao contrário. A grande história ao contrário é a vida de
Salomão Northup, um homem livre, músico de profissão, que, ao receber uma
proposta de trabalho, é sequestrado e vendido como escravo para trabalhar nas
lavouras de algodão da Louisiana, no escravista sul dos Estados Unidos.
Salomão levava uma vida razoavelmente boa, junto a sua família, quando a infelicidade total se abate sobre a sua vida.
Salomão levava uma vida razoavelmente boa, junto a sua família, quando a infelicidade total se abate sobre a sua vida.
Em cena, Edvin Epps e o
escravizado Platt. Interpretações maravilhosas.
Os horrores da escravidão
praticados nos Estados Unidos são quase um lugar comum na literatura e no
cinema americano. Quem quiser abordar o tema tem que inovar, sob pena de ser
apenas mais um filme sobre a escravidão. O filme tem como grande destaque as cenas
fortes sobre o tratamento que era dado aos escravos. Algumas cenas são
particularmente fortes, como a do enforcamento e os açoitamentos que provocavam
feridas abertas em suas vítimas. As cenas de tortura moral, em que os escravos,
além do trabalho servil, são submetidos à humilhações são inimagináveis.
A estruturação da história tem
três personagens principais: Salomão Northup, rebatizado de Platt em sua vida
de escravo; o senhor de escravos, Edvin Epps, bárbaro e cruel ao extremo e
Patsey, a linda escrava por quem Epps tem uma verdadeira obsessão. Northup é
interpretado por Chivetel Ejiofor e é candidato ao Oscar de melhor ator. Epps
tem a interpretação de Michael Fassbender e tem indicação para melhor ator
coadjuvante e Patsey tem a segura interpretação de Lupita Nyongo'o e
indicação de melhor atriz coadjuvante. O trio tem desempenho maravilhoso.
A crítica à religião também ganha
muita força. Como Deus serve para justificar toda a maldade humana! Epps, o
proprietário de escravos, é a pura representação e encarnação do mal. É
inimaginável tanta maldade num ser humano só. Sempre age em nome de Deus e Nele
encontra plena justificativa para os seus execráveis atos. Quando uma praga
atinge os algodoais do senhor Northup, a causa é atribuída à constante
desobediência dos escravos, o que lhes vale chibatadas, que tem como resultado,
feridas abertas em carne viva. Em nome de Deus justifica toda a sua violência e
poder de vida e morte sobre os seus escravos, pelo único motivo de serem sua
propriedade. Coisas do pensamento conservador e de uma religiosidade muito
peculiar aos estados unidenses, especialmente aos do sul.
Northup tenta várias fugas,
procura se comunicar com amigos do norte por cartas que tenta escrever, mas
sempre prontamente interceptadas. A desconfiança do letramento do escravo atrai
sobre ele especial vigilância. A recuperação de sua liberdade lhe vem através
de um abolicionista que vem executar um trabalho para Epps, e este leva a
história ao conhecimento de amigos do norte, que vem promover a sua
libertação.
O filme é baseado em fato real,
relatado em livro de 1853, escrito após a sua libertação do cativeiro. Como ele
ficara escravizado por doze anos, a história retrocede até 1841. Para melhor
situar, a abolição só viria a acontecer em 1863 e o fato irá desencadear a
Guerra da Secessão. Isso explica a impotência de Northup em não poder vir em
socorro de Patsey, que a história, ao menos em sua parte romântica, parece
exigir.
O filme não é de fácil
assimilação e, ao menos na sessão em que eu fui, com a presença de umas trinta
pessoas, houve três casais que se retiraram. Outras pessoas estavam irrequietas
e não tão concentradas no filme. Este é um filme para ir além. Vou ler o livro
para não perder os detalhes. Este também é um filme para ser trabalhado em sala
de aula, especialmente para mostrar o que é uma mentalidade escravagista e
profundamente anti humana, porque muitas destas mentes cheias de maldades ainda
persistem.
Doze anos de escravidão concorre
ao OSCAR em nove quesitos: melhor filme; melhor ator (Chivetel Ejiofor como
Salomão Northup ou Platt); melhor ator coadjuvante (Michael Fassbender, como
Edvin Epps); melhor atriz coadjuvante (Lupita Nyongo'o, como Patsey); melhor
diretor (Steve McQueen); melhor roteiro adaptado; melhor figurino; melhor
edição e ainda ao melhor desenho de produção. Fortíssimo candidato para ser o
melhor filme.
QUESTÕES PARA SEREM ABORDADAS NO TRABALHO:
01) Como é a sociedade norte-americana em que se passa a história?
02) Que diferenças podem ser percebidas no filme no que se refere ao modelos de colonização das colônias do sul e do norte dos Estados Unidos?
03) Como se percebe as relacões sociais, trabalhistas, afetivas ... entre os senhores e os escravos?
04) Como se percebe a religiosidade por detrás das relações escravistas?
05) Num mundo de estrema violência e crueldade, é possível percebe algum ato de humanidade, de amizade entre escravos e senhores? Como se percebe?
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirQual e a resposta da questão 1
ResponderExcluirQuestão 5
ResponderExcluirQuestão 5
ResponderExcluirO que aconteceu com petecy depois que solomok vai embora.
ResponderExcluirSe passa em Nova York
ResponderExcluirE cade a questões 6.7.8.9.10?
ResponderExcluirQual a resposta da questão 4?
ResponderExcluirProfessor Jairo, boa tarde1
ResponderExcluirParabéns pelo seu blog e pela ideia genial de usar o filme 12 anos de escravidão em sala de aula. Questões profundas que deram e darão boas discussões em aulas.
Cadê as respostas
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